2006/07/25

Bocage nunca morre

Bocage nunca morre. O seu poema
Nasceu para viver eternamente
Num astro de sarcasmos, que desenha
Sublimidade a rir de toda a gente.

Bocage nunca morre. A sua avena
Ressoa nas auroras do presente,
Como clarins de guerra numa arena
Como um toureiro em festa permanente.

Bocage nunca morre. A sua lira
É leve como o ar que se respira
No alto mar azul da solidão

Bocage nunca morre. É como um sonho
Num ramo de oliveiras, onde ponho
Um homem de suprema dimensão.


25 de Maio de 2006

(Soneto da autoria de José Corceiro)