2006/06/02

Veneza… um dia…


Veneza é linda. Inspira, provoca e alimenta paixões. Não por lá ter vivido Casanova, mas porque lá aportam muitos corações, abertos e sedentos de amor, carentes de aventuras partilhadas. Embora sendo desconhecidos, têm destinatários determinados ou, tão só, estão abertos à vida, despertos para ela. Merecem-na por isso.

Veneza é um poema, de sílabas por descobrir, de rimas surpreendentes, de sublimes palavras, com inesperados significados e profundos sentidos. Tem uma métrica perfeita, rendilhada em séculos de vivência e arte.

Veneza é uma melodia, trauteada em pedras de calçada, dedilhada ao som dos canais, feita de meios tons e claves de sol que a adornam desde a Piazza San Marco até à Ponte di Rialto, marcada pelo vigoroso ritmo que em solfejo nos arrebata os sentidos. Tem uma musicalidade límpida e harmoniosa.

Tenho saudade dela. Como desejo de novo aportar Veneza, essa, que o Mundo conhece, ou qualquer outra, que lhe faça as vezes, com vantagem.

Um dia… Com ela.