Paridade, mas pouco. Só a 33%
O PS, com o BE de pingalim, lá aprovou a paridade impropriamente dita. Agora, as mulheres viraram quotas e entram a martelo na lide política. Há quem, estando contra as ditas quotas, defenda estrategicamente o apoio a tal medida, pelo menos a prazo, para, por via indirecta, inverter a situação da sub-participação das mulheres na vida política. É o caso de Marcelo Rebelo de Sousa. Uma espécie de: já que o touro não vai de caras, pega-se de cernelha. O argumento não colhe.
A insuficiente participação das mulheres na vida política está a montante, todos o sabemos. Se nada se fizer no plano da educação e das mentalidades, por ambos os sexos, e nada mudar na configuração do papel da mulher na sociedade, a dita “paridade” cai que nem um castelo de cartas.
Vamos passar a ter mulheres que entram pelo mérito e mulheres que entram pela quota. Ridículo!
As próprias que se rebelem. Por isto: esta medida é típica de uma sociedade de homens. Envergonha-se agora de o ser e não ter sabido ou querido transformar-se. Pelo menos, o PS e o BE envergonham-se disso, e pegam de cernelha em vez de encarar o problema de frente.
Desconfio aliás que a trama não vá resultar.
A despropósito, pergunto: alguém sabe porque razão não é cumprida a quota de 5% para o ingresso de pessoas com deficiência nos quadros da função pública? Também não sei.
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