Não se abespinhem tanto, senhores (as) jornalistas
Tem sido de novo suscitada a questão dos comportamentos da comunicação social e dos critérios jornalísticos a propósito da cobertura da campanha para as presidenciais. Essa denúncia tem vindo a ser feita recentemente por uma candidatura presidencial. Não acompanhei todos os pormenores nem ao caso isso interessa. Interessa sim questionar a reacção quase invariável dos visados, os jornalistas, independentemente da crítica de que são objecto.
Não discuto se o candidato e os seus apoiantes têm ou não razões, embora julgue que algumas terão. Há porventura pelo menos um aspecto em que muitos têm razão: a comunicação social elegeu já o novo Presidente da República, antes de o ser, e o visado agradece, claro, porque lhe estenderam o tapete vermelho até Belém. Há pelo menos um ano que o tapete está estendido. Ainda o próprio não era sequer putativo candidato. Todos sabemos de quem se trata e todos sabemos que o papel formativo, da comunicação social, mormente da televisão é inegável e indisfarçável. Esse inegável fenómeno mediático deve-se a alguém, ou não? Alguém fez as “notícias”, ou não?
Discuto sim a reacção dos jornalistas, genericamente.
Acontece que, invariavelmente, os visados, e os não visados por eles, se opõem sempre às razões, se abespinham, exageram e generalizam a crítica a tudo e todos, e, quando já não podem mais defender-se do indefensável, confinam-se ao seu comportamento pessoal e repetem: mas eu cá sou isento e plural.
Surpreendente é o facto de os jornalistas em geral pensarem que, ou são imunes à critica, ou são infalíveis ao erro, ou não haveria na sua profissão maus e bons profissionais, ou não fosse cada órgão de informação, antes de mais, uma empresa, na forma fatídica de uma sociedade comercial, cujo escopo é a obtenção de lucro. Como poderá conceber-se uma sociedade lucrativa sem comando empresarial? Alguém me diz? Como é que um excelso e impoluto jornalista se comporta nesse meio? Nunca, numa profissão tão sensível se ofendeu a deontologia? Nunca ninguém deu uma facada na imagem de outrem, misturou a informação com a opinião, fez juízos precipitados? Que santinhos que eles são. Quem estendeu afinal o tal tapete vermelho?
Não somos ingénuos. Decididamente os jornalistas, talvez mesmo o seu sindicato, têm que fazer um enorme e bem visível acto de contrição relativamente às muitas maldades e à falta de qualidade informativa que infelizmente grassa por muita da nossa comunicação publicada e divulgada. Não se abespinhem. Esse papel cabe aos leitores, radiouvintes e telespectadores.
Não discuto se o candidato e os seus apoiantes têm ou não razões, embora julgue que algumas terão. Há porventura pelo menos um aspecto em que muitos têm razão: a comunicação social elegeu já o novo Presidente da República, antes de o ser, e o visado agradece, claro, porque lhe estenderam o tapete vermelho até Belém. Há pelo menos um ano que o tapete está estendido. Ainda o próprio não era sequer putativo candidato. Todos sabemos de quem se trata e todos sabemos que o papel formativo, da comunicação social, mormente da televisão é inegável e indisfarçável. Esse inegável fenómeno mediático deve-se a alguém, ou não? Alguém fez as “notícias”, ou não?
Discuto sim a reacção dos jornalistas, genericamente.
Acontece que, invariavelmente, os visados, e os não visados por eles, se opõem sempre às razões, se abespinham, exageram e generalizam a crítica a tudo e todos, e, quando já não podem mais defender-se do indefensável, confinam-se ao seu comportamento pessoal e repetem: mas eu cá sou isento e plural.
Surpreendente é o facto de os jornalistas em geral pensarem que, ou são imunes à critica, ou são infalíveis ao erro, ou não haveria na sua profissão maus e bons profissionais, ou não fosse cada órgão de informação, antes de mais, uma empresa, na forma fatídica de uma sociedade comercial, cujo escopo é a obtenção de lucro. Como poderá conceber-se uma sociedade lucrativa sem comando empresarial? Alguém me diz? Como é que um excelso e impoluto jornalista se comporta nesse meio? Nunca, numa profissão tão sensível se ofendeu a deontologia? Nunca ninguém deu uma facada na imagem de outrem, misturou a informação com a opinião, fez juízos precipitados? Que santinhos que eles são. Quem estendeu afinal o tal tapete vermelho?
Não somos ingénuos. Decididamente os jornalistas, talvez mesmo o seu sindicato, têm que fazer um enorme e bem visível acto de contrição relativamente às muitas maldades e à falta de qualidade informativa que infelizmente grassa por muita da nossa comunicação publicada e divulgada. Não se abespinhem. Esse papel cabe aos leitores, radiouvintes e telespectadores.
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