Boas Festas porque 2007 valerá a pena
Está na hora das Boas Festas. Está aliás mais do que na hora, visto que já recebo votos de Bom Natal desde quase o começo de Dezembro.
Mas, para quem preze esta época, e sobretudo os que nos rodeiam, está mais que chegado o tempo.
Ainda me lembro como era antigamente. Lá em casa era um acontecimento. Os pais e a pequenada, todos em redor da mesa circular da sala de estar, redigiam, endereçavam, sorteavam, inseriam, colavam e empilhavam um considerável número daqueles pequenos envelopes que só na época natalícia era usual utilizar. O carteiro – pois, havia serviço postal –, lá se encarregava do resto.
Hoje está tudo mudado.
A electrónica e as comunicações móveis destronaram a saborosa sensação de endereçar uma carta, pequena, mas única, pessoal, cheia de encantos e surpresas e com um colorido selo. Cada envelopezinho era então uma mão cheia de aconchego.
Hoje mandam-se mensagens sms e mms. Ainda se fossem m&m’s, sabiam pelo menos a chocolate. Ai, como eu detesto essas frias, impessoais e repetitivas sms’s. As operadoras móveis até as inventam, literalmente. Há sempre quem lhes ache piada e as reenvie em série. Abomino o mercantilismo aplicado ao sentimento. Falta-lhes tudo, daquilo em que consiste uma verdadeira mensagem dirigida e desejada a uma pessoa especial. Como não quero ser indelicado lá respondo a quase todas.
Dirão, aliás com razão, que não me adapto às modernices. Talvez. Contento-me sem ripostar que há coisas na vida que não envelhecem e nunca saem de moda. Um exemplo? É fácil: os sentimentos não envelhecem. Amar ou gostar de alguém preserva-se, manifesta-se e cresce, mas nunca passa de moda.
O máximo que consigo acompanhar é fazer uso da net porque também já não tenho paciência para coleccionar endereços que diligentemente se escrevem em pequenos envelopes.
Boas Festas! Que este Natal revele como vale a pena estar acordado em 2007.
Ver-nos-emos. Por aí.
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