A cidade dos Vilecos

Esta pequena obra brochurada, apareceu e foi distribuída no início dos anos 70 – antes do 25 de Abril – contendo apenas a seguinte menção: «Edição de Pedro Lobo Antunes, Impresso na Fotolitografia F. Guedes – Lisboa».
Embora datada, esta obra tem ainda uma acutilante actualidade, em face dos comportamentos e hábitos hoje induzidos pelas camadas política e socialmente dominantes – os velhos? –, em presença da sufocante globalização, da castrante devoção ao económico de toda a vida social e cultural, do afunilamento a meros pensamentos tolerados, da exasperante promoção da ausência de valores, do empobrecimento das relações inter-pessoais a troco do imediatismo interesseiro, da padronização de comportamentos humanos impostos por uma nova moral, etc.
O predomínio absoluto do critério económico ou economicista, que entretanto invadiu toda a vida da nossa “cidade”, consome-nos ou “mata-nos” aos poucos, enquanto seres serenamente imprevisíveis, criativos e ávidos de vida imaginada. Não nos garante qualidade de vida alguma, nem futuro construído em harmonia de vivências.
Quem me dera hoje poder ser vileco!
Construir a tal cidade.
Vamos ver como eles a imaginavam...
Embora datada, esta obra tem ainda uma acutilante actualidade, em face dos comportamentos e hábitos hoje induzidos pelas camadas política e socialmente dominantes – os velhos? –, em presença da sufocante globalização, da castrante devoção ao económico de toda a vida social e cultural, do afunilamento a meros pensamentos tolerados, da exasperante promoção da ausência de valores, do empobrecimento das relações inter-pessoais a troco do imediatismo interesseiro, da padronização de comportamentos humanos impostos por uma nova moral, etc.
O predomínio absoluto do critério económico ou economicista, que entretanto invadiu toda a vida da nossa “cidade”, consome-nos ou “mata-nos” aos poucos, enquanto seres serenamente imprevisíveis, criativos e ávidos de vida imaginada. Não nos garante qualidade de vida alguma, nem futuro construído em harmonia de vivências.
Quem me dera hoje poder ser vileco!
Construir a tal cidade.
Vamos ver como eles a imaginavam...
1 Comments:
Alegra me ver aqui esta obra do meu pai.A aldeia dos Vilecos existiu e existe mesmo.Na entrada da aldeia pode ler se "venha quem vier por bem" com uma pintura que persiste na fachada de uma casa.Em tempos terá mesmo existido por ali uma cidade.
Jorge Vilaça,o autor faleceu em 2001.Era orfão nascido em Barcelos de pais também artistas.Hoje estaria certamente orgulhoso por ter 10 netos.
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